Sabe aquele troco que você recebe e não dá valor? Uma fintech decidiu apostar neste dinheirinho e criou o conceito do microinvestimento para entrar no mercado das finanças pessoais. Com apenas R$ 1 já é possível virar investidor.
Monica Saccarelli foi uma das fundadoras de uma corretora de investimentos. Ela saiu da empresa e no começo de 2019 criou um serviço para o consumidor que não está nos planos de grandes bancos e corretoras tradicionais. “Pra gente é um desafio trazer esse acesso ao mundo do investimento pra qualquer pessoa, não importa a classe”, afirma.
Para esse público acostumado a usar apenas a poupança, existe agora o “porquinho digital”: um aplicativo de microinvestimentos. O cliente abre uma conta sem custo nenhum e pode começar com R$ 1. “É pra isso que a gente veio. Não tem muito dinheiro. Tem um real, dez reais? Começa com isso pra você aprender. Não sabe aonde investir? A gente tem apenas um tipo de investimento”, comenta
A startup compra títulos do tesouro direto, do Governo Federal, e repassa 90% do rendimento desses papéis para o cliente. Os depósitos podem ser feitos a qualquer momento.
O app já tem mais de dez mil usuários ativos. O principal objetivo de quem investe dinheiro nele é viajar, depois vem a compra da moto e da casa. “A gente educa a guardar para o objetivo. É muito mais fácil. Se eu tenho uma meta, um sonho, eu continuo guardando”, explica Monica.
O serviço não tem custo. A startup fatura com o “spread”, que é a diferença percentual entre a taxa de juros de captação e a de aplicação. O estudante de direito João Batista, usuário do app, já tem planos para novos investimentos: “Como eu tô me formando, quero fazer uma pós. Mas quero fazer outro objetivo subsidiário, que vai ser outra viagem no fim de ano”.
Monica Saccarelli também já está correndo atrás das metas de 2020. Para ela, o cenário do ano é favorável para empresas de tecnologia no setor financeiro. “Acho que o Banco Central está super update, a favor, e acompanhando o crescimento das fintechs. Acho que está sendo muito bom para o nosso mercado”.