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julho 6, 2020DREI: Entra em vigor novas regras de Registro Público de Empresas
julho 14, 2020Diante da crise financeira no país, decorrente da restrição das atividades para contenção do novo coronavírus, muitos brasileiros estão migrando para o empreendedorismo por necessidade.
Segundo o boletim quadrimestral Mapa das Empresas, do Ministério da Economia, nos primeiros meses de isolamento social houve um leve recuo na quantidade de novas empresas, mas a atividade já voltou a crescer.
Em junho, com o início da reabertura, mais de 264 mil negócios foram abertos no Brasil, de acordo com a pasta. Foram cerca de 61 mil a mais do que no mês anterior e por volta de 22 mil a menos do que em março, antes do impacto da quarentena.
O relatório mostrou que nos primeiros meses de restrições à circulação de pessoas, houve uma desaceleração na criação de firmas. Em abril, foram 85 mil novos negócios a menos do que em março. Para os pesquisadores, apesar de o dado apontar uma maior cautela dos empreendedores frente à crise do coronavírus, o mercado permaneceu aquecido.
“A pesquisa mostra que, a despeito de todos os problemas, o brasileiro continua empreendendo como forma de enfrentar a crise”, disse André Santa Cruz, diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei).
Ao longo de todo o primeiro quadrimestre de 2020, foram abertas mais de um milhão de firmas, o que mostra um crescimento de pouco mais de 1% em relação ao período anterior. Ao mesmo tempo, foram fechadas 351 mil empresas, ou 6% a menos do que no último quadrimestre de 2019.
Mesmo que os resultados revelam um saldo positivo de 680 mil empresas abertas, ainda é cedo para avaliar os impactos da pandemia na atividade empreendedora, já que os dados não consideram os meses de maio a agosto, que serão divulgados no próximo boletim.
Até agora, porém, é possível notar que maio e junho já recuperaram o patamar de meses como fevereiro.
Tendências pós-pandemia
Entre janeiro e junho deste ano, o número de pessoas inscritas nos cursos do Sebrae já superou o volume do ano passado inteiro e atingiu um recorde de 1,5 milhão. Entre os principais temas procurados pelos empreendedores, estão o comércio digital, o marketing para redes sociais e formas de implantar serviços como as entregas.
Para a professora do MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV), Maria Candida Torres, o empreendedor já começou a perceber que o cliente não existe só fisicamente e que agora ele está consumindo por meios que ele não comprava antes.
Por isso, os pequenos e médios empresários já estão se adaptando às tendências e procuram as áreas mais aquecidas para iniciar o próprio negócio, explica o diretor do Sebrae.
“Tem muita gente fazendo nossos cursos para aprender a vender pelo WhatsApp, reduzir custos, negociar com fornecedores e aprender novas formas de se relacionar com o cliente”, relata. https://www.contabeis.com.br/